Escore de Condição Corporal: um indicador chave para a produtividade
O escore de condição corporal (ECC) de bovinos é a determinação visual e tátil da quantidade de massa muscular e gordura distribuídas no corpo do animal.
Este indicador não apenas está relacionado à nutrição das vacas, mas também tem um impacto significativo na reprodução e, consequentemente, na produtividade do seu rebanho.
Ao acompanhar este índice, o pecuarista consegue enxergar falhas no manejo nutricional e, assim, pode tomar decisões mais assertivas na fazenda.
Escore de condição corporal e nutrição
O ECC dos bovinos serve, acima de tudo, como um indicador da saúde nutricional do rebanho. Animais com um escore de condição corporal adequado são o reflexo de uma dieta bem equilibrada e de um manejo alimentar eficiente.
Por outro lado, quando a dieta está desbalanceada, o ECC pode cair abaixo do recomendado, o que acarreta em problemas reprodutivos, como por exemplo ciclos estrais irregulares.
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Portanto, fornecer um suplemento de qualidade aos seus animais e possuir uma estratégia nutricional são requisitos imprescindíveis para manter a saúde do rebanho, bem como, a produtividade.
Impactos do ECC na reprodução das vacas
É comum o aparecimento de doenças metabólicas em vacas com o escore de condição corporal fora dos limites recomendados, muito magra ou muito gorda.
Além disso, a fêmea que chega ao parto muito magra, tem um desafio para voltar a ciclar após o puerpério e conseguir sustentar a prenhez ou a saúde do bezerro durante a gestação.
Isso acontece, porque elas direcionam toda a energia do corpo para a manutenção das funções vitais, ao invés de direcionar para a reprodução.
Afinal, a preparação do organismo da vaca para a concepção do embrião e desenvolvimento do bezerro necessita de muito preparo, o que demanda energia e nutrientes.
As principais consequências do escore de condição corporal baixo em vacas são:
- Ciclo estral desregulado, podendo ocorrer anestro (ausência de cio)
- Maior intervalo entre partos
- Menor taxa de concepção
- Dificuldade em sustentar a prenhez
- Alto índice de mortalidade dos bezerros nascidos
- Baixa produção de leite
- Maior susceptibilidade às doenças
Assim como um baixo escore é prejudicial para a saúde do animal, um alto escore também traz consequências. Como por exemplo, problemas no parto, devido ao acúmulo excessivo de gordura na região pélvica.
Portanto, a avaliação do escore de condição corporal do seu rebanho torna-se um aliado importante na manutenção da saúde e produtividade da fazenda.
Diferenças entre o ECC de vacas de leite e vacas de corte
VACAS DE LEITE
Em vacas de leite, geralmente, utiliza-se a escala do ECC de 1 a 5 (porém, pode-se também usar para vacas de corte). Enquanto a categoria 1 representa vacas em condição corporal extremamente magra, a categoria 5 indica obesidade.
1 – ausência da camada de gordura, ossos muito aparentes, presença de cavidade profunda na região lombar e na base da cauda.
2 – presença de fina camada de gordura, porém, ossatura ainda evidente e cavidade na base da cauda.
3 – ossatura e capa de gordura bem equilibradas, ausência de cavidade na base da cauda.
4 – ossatura não tão evidente, notável camada de gordura e pequeno acúmulo de gordura (protuberância) na base da cauda.
5 – densa camada de gordura que impede a visibilidade do esqueleto, acúmulo considerável de gordura na região da coluna vertebral e base da causa enterrada.
VACAS DE CORTE
A escala de ECC nas vacas de corte, de modo geral, vai de 1 a 9, sendo considerada magra se for de 1 a 3, moderada de 4 a 6 e gorda de 7 a 9.
O ponto crucial, é saber, primeiramente, se a vaca está abaixo ou acima de 5. Isso é possível através da observação da última costela (13ª). Se ela não estiver visível, a vaca é um escore acima de 5, ao passo que, se ela estiver visível, o escore é menor do que 5. E ainda, se apenas a 13ª costela estiver visível, a vaca é um ECC 5.
1 – Emaciada: animal extremamente magro, sem nenhuma presença de gordura visível na região da espinha dorsal. Base da cauda e costelas muito marcadas.
2 – Pobre: animal ainda magro, porém, é possível visualizar delgada camada de gordura na região da espinha e base da cauda.
3 – Magra: ainda é possível visualizar os ossos das costelas, há presença de gordura na espinha e na base da cauda.
4 – Intermediária: não se vê mais a marcação dos ossos das costelas, região da espinha dorsal levemente arredondada com certa cobertura de gordura.
5 – Moderada: aparência boa, no geral. Na palpação é possível sentir uma cobertura de gordura mais espessa sobre as costelas e base da cauda.
6 – Moderado/Alta: para sentir a espinha dorsal é necessário que se faça uma pressão firme no dorso do animal. Grande quantidade de gordura está presente na base da cauda e sobre as costelas.
7 – Boa: quantidade de gordura considerável. Costelas cobertas por densa camada de gordura, é possível visualizar pequenas bolsas de gordura em alguns locais, como ao redor da vulva, na base da cauda e na virilha.
8 – Gorda: animais com alta deposição de carne. Não há condições de palpação da espinha dorsal, presença de bolsas de gordura na base da cauda e costelas.
9 – Extremamente Gorda: o animal fica com o formato de “bloco”, é quase impossível de enxergar a base da cauda, pois a mesma está coberta por gordura. Há grandes chances da mobilidade do animal ser prejudicada.
Mudanças do ECC ao longo do ano
Apesar do pecuarista ter que monitorar o escore de condição corporal das vacas, é necessário entender que ele se modifica ao longo do ano.
Isso acontece, pois a quantidade e a qualidade de forragem disponível também é variável ao longo do ano.
Porém, animais que recebem suplementação e uma dieta balanceada tendem a sofrer menores variações de escore, diminuindo, assim, as chances de um baixo ECC.
Além da quantidade de forragem, outro aspecto que influencia na variação do ECC é o estágio de vida do animal. Por exemplo, vacas que acabaram de entrar no pós-parto apresentam um ECC reduzido.
Para vacas nestas condições, faz-se ainda mais necessário uma dieta suplementada para que, tanto a vaca quanto a cria, não sofram as consequências.
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