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Veja 5 dicas para diminuir o calor excessivo na pecuária

Altas temperaturas durante os dias mais quentes do ano podem ser extremamente prejudiciais para a produção pecuária.  Os animais sofrem com o estresse térmico, o que ocasiona a perda de peso, queda na produção de leite e em casos mais graves o aborto ou a morte de animais mais jovens e mais fracos.

Durante o verão e na primavera, as temperaturas em algumas regiões do Brasil podem ultrapassar os 44°C nas horas mais quentes do dia. Elevadas assim, podem causar sérios problemas para os animais de corte e leiteiros.

Ansioso para saber quais as melhores dicas para diminuir o calor excessivo na pecuária e evitar esses problemas?

Antes, a gente só queria lembrar que com o melhoramento genético do rebanho brasileiro, muitas raças de origem europeia estão sendo introduzidas em nossos campos.

Essas raças originais de climas temperados são mais suscetíveis ao calor extremo, o que afeta diretamente a produtividade no ganho de peso e na produção do leite, além de ser um risco para os animais doentes ou mais jovens.

VEJA TAMBÉM: Os 5 problemas mais comuns nas fazendas de pecuária

Agora sim, você confere algumas maneiras simples e eficazes para minimizar os efeitos do calor durante este período de quente. Acompanhe as 5 dicas que ajudarão na manutenção do bem-estar animal na pecuária:

  1. Água de qualidade e abundante

É imprescindível a oferta de água fresca e limpa para o rebanho, principalmente durante os dias com alta elevação na temperatura. Contudo, além de ofertar água, é importante garantir que todos os animais tenham acesso ao local. Por isso, é importante ficar atento ao tamanho, à quantidade e à altura dos cochos no pasto.

O tipo de material utilizado para a construção do cocho pode garantir mais qualidade para a água. Geralmente, cochos feitos em concreto têm a capacidade de manter a temperatura da água mais fresca, o que não ocorre em cochos de metal.

Ah, a limpeza e manutenção desses locais deve fazer parte das atividades rotineiras da fazenda, não se esqueça!

Se o rebanho bebe água diretamente em rios ou em represas, é importante ficar atento à qualidade da água. Verifique se não há presença de carcaça de animais mortos, fezes ou esgoto doméstico próximo ao local.

  1. Sombra no pasto

Em campo aberto, durantes os horários mais quentes do dia, as temperaturas podem atingir níveis elevadíssimos, o que representa um risco para a saúde e o bem-estar animal.

Quanto maior for a quantidade de árvores presentes no pasto, maior será a oferta de sombra e abrigo ao rebanho. As árvores de copa grande oferecerem aos animais um conforto térmico, protegendo contra a radiação, diminuindo a temperatura do solo abaixo delas, além de promover a fixação de nutrientes no solo.

Caso não haja número suficientes de árvores nos piquetes, construa abrigos para os animais. Telas de sombrite são opções eficientes para diminuir os efeitos nocivos do calor, pois são de fácil instalação e oferecem proteção satisfatória aos animais.

Outras opções são as construções de galpões e coberturas metálicas. Para estas é importante ficar atento à altura da construção para garantir boa ventilação no seu interior.

  1. Atenção aos bezerros e às vacas gestantes

Os bezerros naturalmente já possuem um metabolismo mais acelerado em comparação com animais adultos. Geralmente, são os que mais sofrem com o desconforto térmico, pois ainda não estão preparados para suportar altas temperaturas.

Por isso, é importante garantir que no piquete dos recém-nascidos tenha número suficiente de árvores ou outro tipo de abrigo que produza sombra.

Para as vacas gestantes a atenção também deve ser redobrada em dias muito quentes, já que esses animais também estão mais suscetíveis ao calor excessivo. Vacas nessas condições devem ter fácil acesso a uma fonte limpa de água e, assim como os bezerros, ficar em piquetes com oferta de sombra.

As fêmeas em fase de gestação também necessitam de atenção especial, pois em casos muito extremos, o calor excessivo nesses animais pode levar ao aborto.

  1. Cuidados no transporte e no manejo

Em dias muito quentes, os animais geralmente ficam mais lentos, se movimentam menos e tendem a ficar mais tempo descansando.

Por isso mesmo, deve-se evitar agitá-los desnecessariamente, principalmente nos horários mais quentes do dia. Forçar o deslocamento dos animais em longos percursos, ou fechá-los nos currais com lotação excessiva pode causar desconforto térmico, o que é um risco para os mais fracos ou doentes.

Quando realmente for necessário o manejo do rebanho em dias muito quentes, faça durante as primeiras horas da manhã ou no final da tarde, horário em que o sol está mais fraco e com menor incidência de radiação.

No caso de transporte em dias de alta temperatura, evite a lotação máxima dentro dos caminhões. Permita que o gado tenha espaço suficiente para garantir a circulação de ar entre os animais, proporcionado um conforto térmico.

Evite transitar nos horários de maior calor. Se possível, pare o caminhão debaixo de uma sombra e em local de boa ventilação.

  1. Atenção aos sinais de estresse térmico

Apesar de todos os cuidados com os animais, é possível que alguns apresentem algum sinal de estresse térmico, o que pode causar prejuízos sérios aos produtos.

O melhoramento genético e a introdução de algumas raças europeias no país exigem maior atenção do pecuaristas, pois como mostramos lá do início deste texto, muitas delas que são originárias de clima temperados têm difícil adaptação ao calor dos trópicos.

Portanto, fique atento aos primeiros sinais de hipertermia como: animais que estejam em longos períodos na posição deitados, ingestão frequente e anormal de água, animais que se movem excessivamente apresentando incômodo.

O estresse térmico pode causar danos a eles e prejuízo ao produtor. Não descuide da saúde e bem-estar do seu rebanho.

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