Red Angus: produção de corte de altíssimo rendimento.
Não é de hoje que a raça europeia Red Angus é conhecida no mercado agropecuário. Rebanhos são encontrados, não só no Brasil, como também na Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e EUA.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de cabeças de gado Red Angus no Brasil é estimado em cerca de 104.200 animais (dados de 2020).
Abaixo estão os estados brasileiros com maior expressividade.
Conhecida pela sua excelente capacidade de produzir carne, rusticidade; bom acabamento de carcaça e precocidade, são algumas das caraterísticas que chamam a atenção do mercado.
Se você, pecuarista, quer saber mais sobre o Red Angus, continue com a leitura e descubra o porquê esta produção pode ser tão vantajosa.
A origem da raça Red Angus
O primeiro registro da raça Red Angus foi realizado na Escócia, no ano de 1862. Mas, segundo relatos, a raça surgiu anos antes com o cruzamento de um animal macho escocês, do condado de Aberdeen, e uma fêmea, também escocesa, do condado de Angus.
O primeiro animal da raça Aberdeen Angus registrado no Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, foi o touro Menelik, importado do Uruguai no ano de 1906.
Ao longo dos anos, a raça foi ganhando espaço pelo Brasil e hoje, é uma das mais cobiçadas pelos pecuaristas e pelo mercado consumidor de carne bovina.
No Brasil central, a raça é muito utilizada em cruzamentos industriais com zebuínos, principalmente com a raça Nelore. Isso se deve, na tentativa de atribuir precocidade e qualidade de carne à rusticidade e adaptabilidade dos zebuínos.
Características da raça
Falou em carne nobre, falou em Angus. Esses animais de raça taurina são conhecidos pela sua ótima capacidade de produção de carne de qualidade.
Além disso, como características corporais, possuem pelagem curta e vermelha; estatura média; com cabeça pequena e sem chifres; pescoço mais curto, formato do corpo arredondado e peito largo.
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Machos
Os machos da raça Red Angus têm a ótima característica, principalmente para gado de corte, de serem precoces.
Quando criados a pasto, atingindo 24 meses, os animais estão prontos para abate. Já em confinamento, podem ser abatidos em até 18 meses.
A rusticidade do animal, também chama bastante a atenção dos produtores. Pois, apesar de ser europeu, foi uma raça que se adaptou bem no clima e pastagens brasileiros e, além disso, apresentam ótima resistência às doenças.
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Fêmeas
As fêmeas demonstram habilidades maternas notáveis com intervalos curtos entre partos e, são capazes de se reproduzirem com facilidade.
Graças à sua fertilidade, essas vacas proporcionam um maior rendimento na produção, tanto em termos de quantidade de bezerros nascidos, quanto na obtenção de mais carne por hectare.
Ademais, a longevidade desses animais, aliada à alta fertilidade, representa ótima eficiência produtiva.
Os bezerros, geralmente, nascem grandes, porém, não excessivamente pesados. Isso contribui para a rápida recuperação do sistema reprodutor das fêmeas, favorecendo a redução do intervalo entre partos.
A produção leiteira das fêmeas também contribui com o sucesso da habilidade materna. Por terem uma produção de leite satisfatória, os bezerros são desmamados mais pesados.
Qual a diferença entre o Aberdeen Angus e o Red Angus?
Primeiramente, é importante esclarecermos que Aberdeen Angus é o nome da raça em si. E que Black Angus e Red Angus são variações desta raça.
O que existe de diferença entre uma e outra é bem óbvio: a cor da pelagem. Isso acontece, pois os animais Red Angus possuem em seu DNA um gene recessivo que lhes conferem a cor vermelha da pelagem.
Assim sendo, o cruzamento entre macho e fêmea pretos, pode dar origem a um bezerro completamente vermelho, devido à expressão do gene recessivo.
Porém, a pelagem é a única diferença entre as variações da raça. O potencial de desenvolvimento do animal é o mesmo para os dois tipos de animais.
Por que a carne de Red Angus é tão reconhecida no mercado?
Inegavelmente, a carne Angus é macia, suculenta e saborosíssima (desde que bem preparada 😅), por isso, é muito apreciada tanto no mercado externo, quanto interno.
Seu grande diferencial, certamente, está na genética favorável para a deposição de marmoreio, que resulta em cortes de carne incrivelmente macios. A gordura entremeada na carne distribui-se uniformemente no tecido muscular, e abate-se o animal em idade jovem, com o mínimo de 3 mm de gordura nas carcaças.
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No mercado, geralmente vende-se a carne a preços mais elevados em comparação com outras raças, devido à sua qualidade superior. Alguns restaurantes e açougues especializados em carnes de alta qualidade procuram especificamente por carne Red Angus, tornando-a ainda mais valorizada no mercado.
Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre as diferenças entre um corte nobre de Nelore, Angus e Wagyu.
É importante ressaltar que a qualidade da carne Red Angus depende da criação dos animais e da alimentação oferecida. Um manejo adequado e uma dieta equilibrada podem aumentar ainda mais a qualidade da carne, tornando-a ainda mais desejável no mercado.
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