Planejamento nutricional: por que ele tem o melhor custo-benefício em dietas de confinamento
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Planejamento nutricional: por que ele tem o melhor custo-benefício em dietas de confinamento

A necessidade de aumentar a produtividade intensifica cada vez mais a busca por melhores técnicas nutricionais que propiciem aos animais produzirem carcaça com maior eficiência. O planejamento nutricional é uma delas.

Confira agora por que planejar a nutrição em dietas de confinamento é um bom negócio!

O custo da dieta é um dos itens que mais impacta no custo da arroba produzida no confinamento

Se desconsiderarmos o custo do boi magro dentro da análise financeira, o custo com a dieta corresponde a, aproximadamente, 80 a 90% do custo total de produção. Por isso, buscar técnicas nutricionais que otimizem a eficiência animal é fundamental para aumento da rentabilidade da operação.

Por onde começar o planejamento nutricional?

Passo 1: defina uma estratégia nutricional para atingir o objetivo traçado

Para isso, é essencial saber a categoria animal a ser confinada, qual o peso de abate e grau de acabamento desejado, além possíveis premiações por parte da indústria frigorífica em função do grau de acabamento, e assim decidir-se por quais os alimentos serão utilizados na dieta.

Também é importante considerar que o comportamento e o desenvolvimento fisiológico dos animais são determinados em função do manejo rotineiro e da dieta que recebem.

Passo 2: considere muito bem o número de dietas utilizado no confinamento

Ele irá variar conforme objetivo (raça, sexo, idade, grau de acabamento, dias de cocho, etc.). Um dos fatores que mais interferem no rendimento de carcaça são: maior peso na entrada, maior tempo de confinamento e dietas mais enérgicas.

No Brasil, o mais comum é que seja formulada uma dieta única para o período de crescimento e terminação, e apenas uma ou duas dietas a serem utilizadas na fase de adaptação dos animais.

Nessa estratégia, uma dieta com maior inclusão de grãos e teor de energia mais elevado é fornecida durante 80 a 85 dias, após o período de adaptação.

Passo 3: fique atento ao período de adaptação dos animais

Esse é um dos pontos mais críticos do planejamento nutricional. No Brasil, há várias estratégias de adaptação dos animais à dieta com alta inclusão de concentrado, mas a mais utilizada é a evolução das dietas em escada.

Ela consiste no fornecimento de diferentes dietas com níveis crescentes de concentrado, até atingir o nível desejado para a dieta de terminação, minimizando dessa forma o impacto negativo da alta concentração de amido da dieta final na flora ruminal.

Porém, independentemente da técnica escolhida para adaptar os animais, o importante é que a adaptação ocorra de forma gradual e contínua, por um período mínimo de 14 a 17 dias, evitando assim maiores riscos de problemas metabólicos, clínicos ou subclínicos, durante o confinamento.

VEJA TAMBÉM: Confinar a pasto é um bom negócio?

Passo 4 (definitivo): acompanhe o consumo dos animais em todas as fases

Após estabelecida a estratégia nutricional o acompanhamento do consumo dos animais em todas as fases (adaptação, crescimento e terminação) é fundamental para eficiência do processo.

Teoricamente, quanto maior o consumo, maior o ganho, mas não proporcionalmente, pois o animal possui uma limitação para taxa de crescimento. Após um patamar, a taxa de deposição é consideravelmente menor em relação ao consumido.

Por isso, deve-se buscar o equilíbrio entre consumo e eficiência, já que, como mencionado anteriormente, a dieta corresponde ao item que mais impacta no custo de produção!

Dica de ouro Premix

Uma ferramenta muito importante nesse processo de controle do consumo é a leitura de cocho feita de forma correta e precisa.

Manter o cocho limpo, sem excesso de sobra, mas com animais com comportamento tranquilo antes do primeiro trato do dia é uma das técnicas que possibilita maior eficiência no confinamento.

É importante lembrar que em todo e qualquer processo durante o confinamento o planejamento e o controle dos dados são fundamentais para alcançar bons resultados econômicos na atividade.

Ah, não se esqueça também que todas as estratégias utilizadas para aumentar a eficiência de produção são válidas. O importante é avaliar qual das opções é mais rentável e economicamente viável para cada situação.

 

Com informações de Amanda Oliveira
Zootecnista, doutora em Nutrição Animal e coordenadora de Confinamento na Premix

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