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Como amenizar os efeitos do balanço energético negativo (BEN) no seu rebanho.

O período inicial de lactação das vacas leiteiras é caracterizado pelo Balanço Energético negativo (BEN).

É neste período que os animais, especialmente de alta produção, não conseguem consumir a quantidade necessária de alimento para suprir suas exigências nutricionais.

E, como consequência, as reservas corporais são utilizadas para compensar o déficit de energia. Certo, mas o que isso traz de malefícios para a sua produção leiteira, pecuarista? Será que os efeitos do BEN podem ser amenizados?

Continue com a leitura para saber mais sobre este assunto e como algumas estratégias podem ajudar a sua produção.

O que é Balanço Energético Negativo?

O termo balanço energético negativo refere-se à condição em que a energia consumida pelos animais é inferior à energia gasta para suas atividades metabólicas e produção de leite.

Em outras palavras, as vacas estão utilizando mais energia do que estão consumindo.

O BEN inicia-se próximo ao dia do parto e tem uma duração média de 60 dias, ou seja, 2 meses.

Portanto, este é o período mais crítico do ciclo produtivo das vacas, como também, de maior atenção do pecuarista.

Por que ocorre o BEN em vacas?

Após o nascimento do bezerro, a vaca aumenta a sua produção leiteira de forma linear até atingir o seu pico, que ocorre entre a 4ª e a 8ª semana.

Este aumento produtivo de leite acontece neste período, pois o organismo da vaca entende que ela precisa produzir mais leite para alimentar o bezerro.

Todavia, o pico de ingestão de matéria seca dessas fêmeas, acontece apenas entre a 10ª e a 12ª semanas pós-parto.

Gráfico representativo do balanço energético negativo em vacas de leite desde o pré-parto até o pós-parto.

O mecanismo que causa a retomada do consumo no pós-parto ainda não está totalmente explicado, mas sabe-se que existe uma influência hormonal que controla a retomada do consumo de alimento e a  produção de leite.

Dessa forma, no período em que a vaca mais precisa de energia (no pico produtivo de leite), ela não está ingerindo matéria seca o suficiente para suprir esta demanda energética.

E é aí que está o problema: na janela de oportunidade de maior produção de leite que a vaca apresenta, ela pode não conseguir explorar o máximo do potencial produtivo, já que não está comendo o suficiente.

Então, o que acontece neste período de BEN é que o corpo das vacas irá utilizar as reservas corporais energéticas para suprir a produção de leite. Assim, é de se esperar que o peso e o ECC dessas fêmeas sejam reduzidos.

Consequências

PARA O REBANHO
  • Redução na produção de leite:

Uma das consequências imediatas do balanço energético negativo é a redução na produção de leite. As vacas podem não ser capazes de atender às demandas energéticas necessárias para manter a produção de leite em níveis ótimos.

  • Perda de peso e escore corporal

Quando as vacas utilizam mais energia do que estão ingerindo, o corpo recorre às reservas de gordura para compensar o déficit. Isso pode levar à perda de peso corporal, o que também impacta no ECC (escore de condição corporal).

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  • Problemas no ciclo reprodutivo

O balanço energético negativo está associado a distúrbios no ciclo reprodutivo. Pode resultar em prolongamento do intervalo entre partos (IEP), atrasos na retomada da ciclicidade no pós-parto e redução na taxa de concepção.

LEIA TAMBÉM: Vacas primíparas: elas merecem uma atenção especial na fazenda.

  • Problemas metabólicos, como a cetose

A carência de carboidratos devido à baixa ingestão de alimentos faz com que rotas metabólicas alternativas sejam ativadas, o que resulta em aumento de corpos cetônicos e gera efeitos indesejáveis na saúde e produção da vaca, podendo levá-la a morte.

PARA O PECUARISTA
  • Menor rentabilidade

A redução na produção de leite associada ao balanço energético negativo resulta em menor rentabilidade para o pecuarista.

  • Despesas extras com a saúde das vacas

Vacas que enfrentam desequilíbrios energéticos são mais propensas a problemas de saúde.

  • Eficiência reprodutiva

O balanço energético negativo pode afetar diretamente a eficiência reprodutiva do rebanho. Intervalos prolongados entre partos significam uma menor taxa de reposição, o que pode limitar o crescimento e a renovação do plantel.

A dieta das vacas de alta produção

No final do pré-parto, é interessante que a dieta tenha por volta de 70 a 75% de volumoso. Isso porque, uma redução de casos de doenças como a cetose e a esteatose hepática vem sendo comuns em vacas com este tipo de dieta.

Outra questão importante na dieta de pré-parto é limitar a ingestão de energia e aumentar a quantidade de volumoso com o objetivo de não aumentar o escore de condição corporal.

O ideal é que as vacas, 30 dias antes do parto, estejam com ECC 3,25 a 3,5. ECCs elevados ao parto reduzem o consumo de alimento no pós-parto. Assim, resultando em BEN mais grave, além de contribuir para o aumento de doenças metabólicas no pós-parto.

A adição de núcleos aniônicos nas dietas pré-parto, como o Núcleo Pré-Lactus Aniônico, contribui para a redução de doenças como a hipocalcemia no pós-parto.

Pré-Lactus Aniônico - o cuidado que as vacas precisam no pré-parto.

⚠️ DICA PREMIX: Em um sistema de produção ideal, teríamos uma dieta específica para o lote de vacas de pós-parto, recebendo de 45 a 60% de volumoso e de 22 a 25% de amido na dieta. Neste período como o consumo de matéria seca é baixo, há necessidade de aumentar a suplementação mineral.

Neste sentido, o núcleo Neo Lactus Premium possui maior concentração de vitaminas e minerais e contribui para o aumento da imunidade.

Neo Lactus Premium - núcleo para bovinos em dietas de alto desempenho nutricional

Além disso, aditivos como o Fator P, que aumentam o consumo de matéria seca e otimizam a imunidade dos animais, também devem ser utilizados para maximizar a produtividade e melhorar a qualidade do leite.

Como é possível minimizar os efeitos?

Para que o pecuarista consiga minimizar os efeitos do balanço energético negativo, ele deve ter máxima atenção com o manejo nutricional do rebanho.

Para isso, trabalhar em conjunto com um zootecnista ou técnico para formular dietas balanceadas e que atendam às necessidades de cada fase do ciclo de produção das vacas, é essencial.

Além disso, é de suma importância monitorar o ECC das vacas para identificar previamente possíveis desequilíbrios energéticos e ajustar a dieta conforme necessário.

Outro fator que impacta muito neste período é o ambiental. Promover um ambiente aclimatado, com espaço de cocho e de cama adequados para as fêmeas, faz total diferença na produtividade.

Animais em condições de estresse térmico, por exemplo, tendem a produzir muito menos, tendo em vista a queda de consumo e o direcionamento de energia para dissipar o estresse.

Em suma, amenizar os efeitos do BEN no rebanho não é tarefa fácil para o produtor, porém, com planejamento e auxílio técnico, é possível colocar em prática.

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