Números finais do projeto “Zebu, carne de qualidade”
Premix e ABCZ apresentam resultados da segunda etapa do projeto; produção total alcançou 65,24@ por hectare em 410 dias
Em seu compromisso de fomentar a produção sustentável da carne bovina de altíssima qualidade das raças zebuínas, a Premix, em parceria com a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), apresenta os resultados finais do segundo ano do projeto “Zebu, carne de qualidade”, o maior programa de avaliação da carne brasileira, que desta vez considerou as raças Tabapuã, Guzerá, Braham e Sindi, com resultados surpreendentes, alcançando produção total de 65,24@ por hectare em 410 dias.
Parceira da ABCZ desde a primeira etapa do programa, a Premix foi novamente a responsável pela suplementação dos animais em todas as fases do projeto. Para isso, utilizou o protocolo R30 para o sistema de recria, e o PSAI, suplemento proteico energético aditivado com Fator P, 100% natural, livre de ionóforos e antibióticos, para a suplementação dos animais em fase de recria a pasto.
Segundo o analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Premix, Wellington Araújo, o resultado foi traduzido em animais bem-acabados, com carne de qualidade e sustentabilidade. “Na fase de recria a pasto, durante o período de seca e águas, os bovinos produziram 32,27@ por hectare em apenas 280 dias. Já no confinamento, onde os animais receberam dieta balanceada com Núcleo Alto Desempenho Natural aditivado com Fator P e isento de antibióticos, a produção foi de 32,97@ equivalentes por hectare”, explica.
O projeto, realizado na Fazenda Experimental da ABCZ, em Uberaba (MG), teve início em junho de 2021 e foi finalizado em julho de 2022. Foram avaliados 106 bovinos, sendo 41 da raça Tabapuã, 25 da raça Guzerá, 17 da raça Brahman e 23 da raça Sindi, todos machos PO, com RGN, peso médio inicial de 224kg e 8 meses de idade no início da prova. Os animais foram doados por 92 criatórios de 20 estados brasileiros.
Com o objetivo de mostrar a eficiência de cada raça na prova de ganho de peso, os animais foram avaliados em três fases: 140 dias no período da seca (junho a outubro de 2021), 140 dias no período das águas (outubro de 2021 a março de 2022) e 130 dias para terminação em confinamento e abate técnico (de março a julho de 2022). Utilizando uma área total de 26 hectares com lotação média de 3,0 UA/ha na seca e 5,7 UA/ha nas águas, a produção total por hectare foi de 64,24@ somando as duas fases.
Durante o período de recria foi utilizado protocolo R30, com atenção especial para a altura de entrada e saída dos animais na pastagem, calagem e adubação (120 kg de N, 80 kg de P2O5 e 110 kg de K2O e micronutrientes), avaliações da pastagem e produção de silagem para o período seco e para o confinamento.
Na primeira fase, os animais pastejaram em piquetes formados com Brizantha cv. BRS Paiaguás, onde foi monitorado a disponibilidade de matéria seca, composição da forragem disponível, proporção de folhas, taxa de lotação, ganho de peso por animal (kg/animal/dia) e ganho de peso por área (kg/ha).
No período da seca, em que foram submetidos ao sistema de pastejo com suplementação proteico-energética e silagem de milho, os animais tiveram um ganho médio diário (GMD) de 567 gramas. Já no período das águas, ainda no sistema de pastejo, os bovinos tiveram suplementação energética, mas sem o complemento de silagem. O resultado foi um excepcional GMD de 733 gramas.
Dos 26 hectares disponíveis, 20 hectares foram destinados à pastagem e 5,42 hectares, à produção de silagem. Durante o período de confinamento, a dieta foi ofertada três vezes ao dia e os animais receberam uma dieta contendo 60% de concentrado, 30% de silagem de milho e 10% de feno.
Quando o assunto é ganho de peso, o GMD, no período de águas e seca, foi de 650 gramas para fase de recria e 1,628 kg para fase de confinamento, produzindo 65,24 @/ha em 26 há, somando o período de recria e confinamento e considerando as áreas para produção de silagens para a recria e terminação.
O abate técnico, última etapa do projeto, foi realizado em José Bonifácio (SP), em uma planta da Minerva Foods. Foram avaliados dados como peso de carcaça, rendimento de abate, cobertura de gordura e conformação, além das análises de área de olho de lombo (AOL), espessura de gordura subcutânea (EGS), carne aproveitável total (CAT) e peso de carcaça quente (PCQ). Todos estes resultados estão no banco de dados da equipe técnica da ABCZ.
Seguindo o protocolo R30 e o confinamento de terminação aditivados com Fator P e acompanhando estes animais desde o início, foi possível observar resultados muito importantes. “É interessante termos bovinos de qualidade genética e com boa eficiência alimentar. Isso foi a chave para animais bem-acabados, com um excelente desempenho, qualidade de carcaça e retorno econômico, destaca Araújo.
Lauriston Bertelli Fernandes, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Premix, ressalta que a nutrição de precisão, nas diferentes fases e a qualidade da tecnologia Premix, foram determinantes para que o êxito do projeto.