Mitos e verdades na pecuária: a vacina para bovinos
Você tem acompanhado aqui no blog da Premix que a produção pecuária passa por um processo de modernização nos últimos anos, certo?
É mesmo cada vez mais comum a utilização de ferramentas tecnológicas na gestão das fazendas, o uso de aplicativos e softwares de automação no manejo dos animais, além da mão de obra que vem se qualificando e se tornando mais especializada.
Mas, todo esse incremento tecnológico e investimentos no treinamento de pessoas não são uma realidade em todas as propriedades rurais. Ainda há muitas crenças e mitos na produção pecuária e muitas delas estão ligadas ao uso da vacina do gado.
Para ajudar você, produtor, a desmistificar algumas dessas crendices, apresentamos abaixo alguns mitos e verdades que esclarecem pontos importantes sobre o assunto. Acompanhe com a gente.
Quanto maior a dose da vacina, mais protegido fica o animal
Mito.
A vacina deve ser aplicada na dose indicada pelo fabricante. Uma dose maior ou menor pode prejudicar a eficácia do medicamento. Além disso, o pecuarista que opta por aplicar uma dose maior que a indicada está jogando dinheiro fora e arriscando a saúde do animal.
No caso de aplicação de uma dose menor o risco ainda é maior, pois não haverá garantia de que o rebanho estará protegido.
ENTENDA TAMBÉM: Os tipos e as indicações das vacinas para o gado
Congelar ajudar a conservar a vacina
Mito.
As vacinas devem ser armazenadas em caixas térmicas com tampas, em temperatura de 2° a 8° C, protegidas do sol e em local limpo, sem a presença de insetos ou animais.
Os estabelecimentos comerciais são obrigados a aferir a temperatura e garantir que as vacinas estejam dentro da temperatura correta e qualquer tipo de alteração na temperatura deve ser anotada diariamente. Em caso de fiscalização, o lojista poderá ser multado se não apresentar esse relatório.
Nas geladeiras dentro das fazendas as vacinas devem ser acondicionadas em bandejas, no meio do refrigerador. O ideal é que se disponibilize um equipamento exclusivo para coloca-las, evitando a oscilação da temperatura com o abre e fecha da porta.
A vacina faz o animal adoecer
Mito.
Vacinar é a maneira mais eficaz para evitar doenças no rebanho. A adoção dessa prática nas fazendas de gado traz inúmeros benefícios para produtores e consumidores, uma vez que a contaminação animal prejudica não só o dono do gado, mas toda a cadeira produtiva da carne.
Vacinas são substâncias que, ao serem aplicadas no animal, estimulam uma reação de defesa no sistema imunológico, o que torna o organismo imune ao agente responsável pela doença.
Por isso, é importante que o rebanho esteja em plena saúde, calmo e bem nutrido para uma correta resposta imune.
Existe um tipo de agulha para cada tipo de vacina.
Verdade.
Cada agulha tem a sua indicação, conforme o tipo de vacina (aquosa ou oleosa), idade do animal e via de administração (subcutânea e intramuscular).
O ideal é sempre verificar a recomendação do fabricante. Antes de aplicar, também é importante verificar se as agulhas estão limpas e esterilizadas em água fervente. Não utilize produtos químicos como água sanitária e desinfetantes.
O local correto para a aplicação é na tábua do pescoço do animal. Nunca aplique em regiões nobres como cupim, traseiro e lombo.
Na aplicação subcutânea para vacina aquosas, dê preferência a agulhas 10 x 15. Para as vacinas oleosas, deve-se utilizar agulhas 15 x 18 na aplicação subcutânea, e 30 x 15 na intramuscular.
Ficou alguma dúvida sobre os mitos e verdades na vacinação do gado? Deixe nos comentários e até a próxima!