Ração bovina: de onde vem a proteína e a energia?
A ração bovina é composta por diferentes ingredientes que fornecem nutrientes essenciais para o bom desempenho do rebanho. Isto é, proteínas, energia, vitaminas e minerais são alguns que podemos citar.
De fato, a proteína e a energia são os nutrientes que mais ouvimos falar quando o assunto é nutrição animal. Porém, vale ressaltar que os outros nutrientes são tão importantes quanto, e que os animais dependem de todo o conjunto para ter uma performance eficiente.
No Brasil, país que é referência mundial na produção de carne bovina, as indústrias de suplementação animal, devem escolher muito bem os ingredientes que irão compor a ração bovina que irão produzir. Ou seja, fatores como qualidade, custo-benefício e disponibilidade no mercado devem ser analisados com cautela.
A seguir, preparamos uma lista das principais fontes proteicas e energética das rações utilizadas no Brasil para a fabricação de suplemento animal.
Vale ressaltar que muitas outras fontes são bastante conhecidas e utilizadas, porém, destacamos apenas algumas aqui no blog.
As fontes mais comuns utilizadas
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FARELO DE SOJA
O farelo de soja é amplamente utilizado na fabricação de suplementos bovinos devido ao seu perfil nutricional rico em proteína (cerca de 44% de PB), além de alta digestibilidade (70-80%).
Além disso, também é uma fonte de energia, tendo em vista a quantidade de carboidratos, principalmente de fibras e açúcares.
A proteína possui alta digestibilidade ruminal e intestinal, além de ser de alta qualidade devido à sua composição de aminoácidos essenciais.
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FARELO DE MILHO
O farelo de milho é rico em carboidratos não fibrosos, como por exemplo o amido, que fornecem energia de alta qualidade para os animais e alta digestibilidade.
Segundo a tabela de composição química dos alimentos para bovinos da Embrapa, o farelo de milho apresenta cerca de 22% de PB, 9% de FB, 3% de gordura e 62% de carboidratos.
Além de ser uma fonte importante de minerais como fósforo, potássio, magnésio e zinco, e vitaminas do complexo B.
É uma opção de custo-benefício atraente para as indústrias de suplemento animal, já que em muitos países (principalmente nos EUA), é um subproduto da produção de etanol a partir do milho. Essa disponibilidade em grande escala e custo acessível, são uma das principais razões para a utilização do farelo de milho na alimentação de bovinos.
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CAROÇO DE ALGODÃO
O caroço de algodão é um coproduto da indústria têxtil podendo utilizar-se na forma de farelo ou de pellet.
Apresenta um teor elevado de gordura (22,7% a 28,7%), consideráveis teores de proteína bruta (18,2% a 22,7%) e fibra em detergente neutro (FDN) (35,7% a 46,7%). Além disso, possui também altas concentrações de minerais como cálcio, fósforo e potássio.
A gordura presente no caroço de algodão é uma fonte de energia altamente digestível pelos bovinos. A proteína é de alta qualidade, com elevado teor de aminoácidos essenciais e a fibra é de digestibilidade média.
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CASCA DE SOJA
A casca de soja é um subproduto da extração do óleo de soja.
É uma fonte de fibra bruta, com teor variando de 29% a 38%, sendo rica em lignina e celulose, que são importantes para a saúde intestinal do animal.
Ademais, apresenta teor de proteína bruta variando de 4,5% a 14%, possuindo aminoácidos essenciais, como lisina e metionina.
Sua composição também inclui gordura, que varia de 1,5% a 3,5%, e minerais, como cálcio e fósforo. É considerada um ingrediente econômico para a formulação de dietas para bovinos, devido ao seu preço competitivo em relação a outros ingredientes.
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POLPA CÍTRICA
A polpa cítrica é um coproduto obtido durante o processo de extração de suco de frutas cítricas, sendo utilizado como fonte de energia e fibra.
Ela é rica em carboidratos, principalmente em pectina, celulose e hemicelulose, porém, possui baixo teor de PB e minerais.
De acordo com a tabela brasileira de composição de alimentos para bovinos, a polpa cítrica apresenta um teor médio de energia digestível de 3.000 kcal/kg e 6% de PB. A polpa cítrica é uma alternativa econômica e sustentável para a formulação de rações, principalmente em regiões produtoras de frutas cítricas.
De acordo com dados da Conab, a produção de polpa cítrica no país em 2021 foi de cerca de 7,5 milhões de toneladas, sendo grande parte destinada à alimentação animal.
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FARELO DE TRIGO
O farelo de trigo é um produto obtido durante o processo de moagem do trigo para a produção de farinha. É rico em nutrientes, como proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais.
Em termos de composição nutricional, o farelo de trigo apresenta em média 15% de PB, 10% de FB, 65% de carboidratos e 1,5% de gordura. Além disso, é uma boa fonte de vitaminas do complexo B, como tiamina, riboflavina, niacina e ácido pantotênico, além de minerais como fósforo, potássio, ferro e zinco.
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Nesse sentido, é fundamental que empresas de suplementação animal estejam sempre atualizadas sobre as diferentes opções disponíveis e suas respectivas vantagens e desvantagens.
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