4 cuidados essenciais com o pasto no período da seca
A seca se prolongou, mas você se preveniu? Afinal prevenir é melhor do que remediar – já dizia o ditado.
Ainda tem muito pecuarista que passa o ano todo correndo atrás de corrigir os problemas na propriedade, em vez de investir energia e tempo no planejamento da sua atividade.
O período da seca é um exemplo no qual ficam evidentes as diferenças entre os produtores que planejam, e se preparam para a temporada, e aqueles que são sempre “pegos de surpresa”.
Com o pasto amarelo ou já seco, ir buscar soluções para o trato com o seu rebanho de forma tardia vai custar mais esforço, mais dinheiro e trará menos retorno do que antecipar as ações e prevenir a situação de escassez de pastagem.
Para ajudar você a não errar nesse aspecto, separamos aqui 4 cuidados que você deve ter com o pasto antes, durante e após o período da seca:
1. Adubação do solo
A produção do capim, o volume e a qualidade das folhas dependem diretamente da condição do solo. Com micro e macroelementos equilibrados, Ph e matéria orgânica, o desenvolvimento da forrageira será melhor.
Durante o período da seca, o capim tende a perder o valor nutritivo, o que afeta o ganho de peso do gado.
Os índices de proteína, por exemplo, caem durante essa época, o que leva o produtor a oferecer uma suplementação complementar, como um sal mineral proteinado.
Portanto manter o solo com a adubação correta é a maneira mais eficaz de utilizar o seu pasto de forma completa.
2. Adequação do nº de animais
Remanejar a lotação do rebanho através da venda de animais, garantirá aos animais que ficarem na propriedade uma pastagem suficiente para passar o período da seca, até que as águas cheguem.
Essa prática é muito comum, o que acaba baixando o preço do boi no período, já que a oferta aumenta e a demanda continua igual, em outras palavras o pecuarista acaba perdendo dinheiro.
Uma alternativa para diminuir a pressão de pastejo, é o arrendamento de pasto, mas isso também não é uma solução simples:
O local pode não ser próximo à propriedade, o que pode acarretar em custos adicionais com transporte, além disso, encontrar um pasto adequado, com boas divisões em cerca e oferta de água para o gado nesse período pode estar indisponível, já que outros pecuaristas também estarão interessados no arrendamento durante a seca.
3. Suplementação animal
A suplementação para o gado durante o período da seca é essencial para que ele não perca o peso que ganhou durante as águas.
Alguns pecuaristas ainda resistem em entender a importância da suplementação do rebanho e outros colocam sal branco no cocho do gado e acreditam que seja suficiente para suprir as necessidades do rebanho!
O produtor que insiste em não suplementar o seu rebanho com certeza está perdendo dinheiro, ou no mínimo, deixando de ganhar muito mais em arrobas.
Por outro lado, o pecuarista que pratica a gestão na sua propriedade, pode optar pelo uso de um suplemento mineral proteico que irá garantir o ganho real de peso no seu gado durante esse período.
Além disso, há a possibilidade da suplementação de silagem diretamente no cocho, com a adição do PSAI para a seca.
4.Rotação de piquetes
Já é muito comum nas fazendas de médio ou grande porte a divisão de pastos em piquetes. Esse sistema ajuda na gestão do rebanho e permite um melhor aproveitamento do pasto na seca.
O modelo consiste em apartar o gado em piquetes menores, durante um período, sendo que o tempo que o gado ficará dentro de cada um dependerá do tamanho do rebanho.
A implantação da técnica de rotação de piquetes (ou vedação) é bem simples, todavia exige um planejamento para que seja respeitado o período de permanência dos animais em cada lotação. É importante acompanhar de perto para evitar que o gado consuma excessivamente o pasto, o que vai afetar a recuperação da folhagem.
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Muito instrutivo
Olá, pode sim! A inclusão de cloro para tratamento de água para o consumo de animais é extremamente baixa. O correto é olhar as especificações do produto antes de utiliza-lo e consultar um responsável técnico caso a dúvida persista.