Boas práticas para o uso da silagem na pecuária
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Boas práticas para o uso da silagem na pecuária

O período de seca já está se aproximando, o pecuarista que tiver um bom planejamento nutricional irá levar vantagem em relação aos demais e, a silagem pode ser uma ótima alternativa para garantir rentabilidade dentro da produção pecuária neste período.

Um planejamento alimentar na pecuária, precisa ser feito com antecedência, pois quando a seca chegar e faltar pasto para o gado, o pecuarista só terá  duas opções, caso não tenha feito um planejamento:

  • Ou descarta o gado e se submeter ao valor do mercado;
  • Ou arrendar novas áreas de pastagem, o que representa alto investimento e nem sempre um retorno equivalente para pagar as despesas.

Portanto, a adoção de um manejo preventivo que garanta a nutrição dos animais durante o período de escassez, será o diferencial para o gado ganhar peso durante este período.

Escolha da cultivar

Milho

As variedades de milhos usadas na silagem, deve ser as mesmas utilizadas na produção de grãos adaptadas na região. O ponto correto para o corte deve ser quando o grão está em ponto de farináceo. Uma maneira de observar o ponto e espremer o grão entre os dedos e se esfarelar, ao invés de soltar água, este é o ponto indicado.

A produção esperada é de 20 a 30 toneladas de massa verde por hectare. 

Sorgo

Para o sorgo é indicado as variedades que tenham potencial de produção de grão e forragem. O ponto de corte também segue a regra do milho, ou seja, o grão deve estar em ponto farináceo, esfarelando entre os dados.

A produção esperada é de cerca de 20 a 40 toneladas por hectare. 

Capim-elefante

A silagem feita com o capim-elefante deve ter o seu corte programado quando a planta atingir, pelo menos, 1,8 metros de altura. Isso deverá o ocorrer entre 60 a 70 dias de plantio. Como o capim possui muita água no seu interior, é preciso após o corte murchar o capim antes da confecção da silagem. 

A produção esperada por corte será de 20 a 30 toneladas por hectare e estima-se de 3 a 4 cortes por ano. 

Armazenamento

Os silos mais comuns nas fazendas de pecuária são os de “superfície” ou de “trincheira”, pois garantem uma lida e manutenção mais simples.

Silo de superfície

O silo de superfície, tem sua forma lateral em “pirâmide”, a base é maior que o topo e não necessita de escavação ou paredes laterais. Ele é um armazenamento direto no solo e vedado com lona plástica e terra. Por isso mesmo é importante escolher bem o local onde será instalado. Procure sempre locais com boa drenagem e de preferência em locais mais altos, para evitar acúmulo de água.

Pela falta de paredes laterais, tem limitação na compactação da forragem, o que pode significar uma perda maior em relação aos demais silos.

Silo de trincheira

O silo de “trincheira” é feito através de uma vala no chão, com paredes laterais em formato de “V”, com a base menor que o topo. Este tipo de silo em muitos casos são revestidos com alvenaria na lateral, o que oferece mais longevidade e melhor acondicionamento da forragem.

Aditivos

Para que a silagem tenha um melhor valor nutritivo e boas condições de fermentação é comum o uso de aditivos no processo de armazenamento. Os aditivos mais comuns utilizados são: fenos, palhas, melaço, uréia e fubá. Estes aditivos são usados principalmente nos silos de capim-elefante, que deve ser espalhado de maneira uniforme e em adicionado em camadas, para garantir a correta homogeneização do composto.

A Embrapa Gado de Corte recomenda a utilização dos aditivos nas seguintes porcentagens:

  • Ureia – 0,5% (na ensilagem de milho ou capim-elefante)
  • Melaço – de 3 a 5% (na ensilagem de capim-elefante)
  • Fubá – de 3 a 5% (na ensilagem de capim-elefante)

A abertura do silo

Depois de todo o processo de ensilagem feito, o produtor precisa ficar atento também na hora de abrir o silo, pois esta etapa, se não for feita corretamente, pode causar prejuízos com desperdícios e contaminação. Além disso, é importante garantir que o gado tenha acesso aos mesmos níveis nutricionais do que está dentro do silo.

Após aberta a lona, verifique se existe fungos ou partes estragadas no silo. Se isso for encontrado, a recomendação é que se descarte e não sirva para os animais. Após a retirada da quantidade necessária para o fornecimento, feche novamente o silo com lona e cubra com terra. É importante verificar se não há aberturas ou buracos na lona.  Manter o silo fechado corretamente vai garantir a longevidade e a qualidade do composto.

 

*Fonte: Embrapa Gado de Corte

 

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1 Comente

  1. Muito bom.

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